domingo, 21 de dezembro de 2014

[Projeto Praça] Fórum de Cidadania do Jd. Lapenna

Após algum tempo sem novidades, um novo espaço apareceu para criarmos novos parceiros de realização.
Além das atividades culturais já  oferecidas pela  Tide Setubal no Galpão de Cultura e Cidadania ocorre, ocasionalmente, a realização do Fórum de Cidadania do Jd. Lapenna, organizado pelo coordenador do núcleo Jovem Comunica, José Luiz Adeve, o Cometa.
Desde que ele tomou conhecimento do Projeto Praça, nos ofereceu um espaço para apresentar para os participantes do fórum quais são nossos planos e efetivou este convite.
No dia 08 de dezembro o fórum foi realizado e contou com a presença de atores importantes na comunidade. Começando pelos moradores, passando pelas agentes de saúde que atendem o bairro, Simone da Fundação, representantes de entidades relacionadas a moradia e saúde e a secretária de gabinete do sub-prefeito de São Miguel Paulista.
A partir dessa oportunidade apresentamos a ideia para todos e pedimos para que os moradores comentem sobre o projeto com os vizinhos e conhecidos para que quando, finalmente, formos executar as ações todos possam participar. Mais um passo muito importante foi o convite oficial feito à subprefeitura. Não houve tempo de acertar detalhes, mas o convite foi aceito e assim que os próximos passos forem decididos, conversaremos diretamente com os representantes do poder público para dividirmos com eles a responsabilidade da melhoria do bairro.
Mais um passo, mais um aliado. Mais mudanças vindo.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Domingo 23/11 - Rádio, feira e conversas

O Coletivo tinha uma atividade marcada com o pessoal do Núcleo de Comunicação Comunitária São Miguel No Ar, mas infelizmente não rolou.
Apesar do esforço e boa vontade dos meninos e meninas que nos receberam muito bem, tínhamos um teto de horário e não pudemos mesmo ficar mais.
Fica um abraço pro pessoal e a vontade de armarmos algo em breve.
Fomos presenteados com a mais nova edição do Jornal, A Voz do Lapenna, que nos deu um honroso espaço pra falarmos sobre o Projeto Jardim Lapenna em Foco e divulgar a exposição que começa no Sábado. Mas disso você já sabe, né?
Ficamos agradecidos por recebermos essa contribuição direta de um veículo que incorpora com compromisso e muita qualidade um pouco dos anseios e das lutas daquela quebrada. Conheça um pouco mais do trabalho deles aqui.
Aproveitando enquanto a rádio era montada e dava a pesada trilha sonora daquele Domingo de feira, aproveitamos pra trocar uma idéia com quem passava por ali e convidarmos para a exposição.
Salve Nivia, Tiago, Abel, Carlos, Daniela, Jorge, Só Por Deus, Didão, Poliana e Alemão, nossos parceiros de entrevista e de conversa.
Salve rádio e núcleo de comunicação!
Salve Lapenna, suas histórias e o compartilhamento de vivências!
Nos vemos e ouvimos no próximo sábado!

Festival do Livro e Literatura de São Miguel 2014

Ações
Roda de conversa e Deriva - Estêncil: Reflexões sobre a cidade
O Coletivo Caixa Preta, no sábado (08/11), participou de uma roda de conversa sobre seus trabalhos, intervenção e arte urbana. A proposta foi questionar e tentar entender o que motiva, qual a finalidade e a validade deste tipo de intervenção, buscando construir uma crítica a respeito do empoderamento do sujeito sobre o espaço urbano e caminhos  de se expressar sobre a cidade.
Para contextualizar a discussão tivemos a presença de Ozi Duarte, um dos pioneiros em arte de rua no Brasil em ação de desde 1985, que compartilhou seu trabalho e conduziu-nos a experimentar brevemente a construção de suas telas urbanas ao vivo. Além disso, uma deriva foi feita por São Miguel Paulista para aplicar estêncils trazidos pelo público da roda de conversa e produzidos pelos participantes da oficina “O bairro na boca do povo”, realizado no Galpão de Cultura e Cidadania e na E.E. Pedro Moreira Matos, onde trabalhamos a linguagem por meio de oficinas de junho a setembro deste ano.

Cápsulas Urbanas - Memória em Movimento - Lambes

Baseado no trabalho de coleta de memórias de moradores do Jd. Lapenna, o Coletivo Caixa Preta propôs uma exposição capaz de compartilhar trechos dos pensamentos dos participantes com os frequentadores de São Miguel Paulista  e os visitantes do Festival de Literatura. Utilizando como suporte os muros do bairro, o Coletivo busca compartilhar  pequenas reflexões que possam aguçar a memória de quem observá-las. As obras, expostas em formato de lambes, são como partes de um vídeo, compostas por três frames e interligadas por uma frase que perpassa cada um deles.

Livreto

Durante o primeiro semestre de 2014 o Coletivo realizou entrevistas com moradores do Jd. Lapenna, com o objetivo de coletar memórias pessoais e do bairro onde vivem. Como forma de socializar estas memórias, um livreto foi produzido contendo trechos transcritos desses relatos. Com o objetivo de estimular a memória dos leitores, os textos foram escolhidos de forma afetiva, poética, uma mostra de  momentos adormecidos nas mentes, quase como em uma conversa entre amigos sobre o passado. Confira aqui as fotos.
E conheça mais do trabalho do Ozi: http://www.ozistencil.com/ https://www.flickr.com/photos/graffitivivo https://www.facebook.com/pages/OZI/271820336180272?ref=ts&fref=ts

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Projeções - A identificação histórica e o diálogo do cotidiano

Em 07 de Novembro, alguns dos moradores do Lapenna se viram obrigados a interagir com coisa inusitada enquanto desciam da estação de trem e iam no sentido de dentro do bairro. Como a corrente sanguínea faz com o oxigênio pro coração: o movimento é de agrupamento e re-significação. Bater o cartão, tomar aquele banho e ir pro rolê. Chegar no nosso lugar e encontrar os de sempre, sempre amados, sempre ali.
Eles viam um rosto conhecido, ou desconhecido, ou bom amigo ou menos, um senhor de idade, motoqueiro, um camisa 10, o professor de futebol da molecada, a escritora, a senhora mais amada do mundo, a assistente social. Rostos presentes, mas não daquele jeito. Eles eram baseados em luz e falavam, mas as bocas não mexiam. Ou falavam em letras com o rosto do lado.
Alguns dos protagonistas também viram. Eles eram um pequeno recorte de história falada. Uma história de verdade, onde a câmera é uma intrusa pontual. Uma mexeriqueira controlável que não veio para fazer história, mas contar o pouco que cabia dentro dela; e ficava maior no muro, mas era sem medida pra quem viveu e conta aquilo. História é vida. A história da gente é a vida da gente.




segunda-feira, 1 de setembro de 2014

[Projeto Praça] Galpão em peso e reconhecimento da Praça

Dividindo a idealização com os parceiros da Fundação Tide Setubal, realizamos um encontro no Galpão de Cultura e Cidadania do Jardim Lapenna no última dia 26/08.

Os educadores e coordenadores do Galpão e da Fundação trouxeram a rapaziada dos seus projetos. Espaço Jovem, Comunicação Comunitária, Capoeira, Dança e Qualidade de Vida formaram um grupo de cerca de trinta cabeças pensantes com a gente. Formamos um círculo com os participantes e iniciamos a apresentação do Projeto Praça.

Logo depois, a Malu contou uma história em que os habitantes de uma cidade eram surpreendidos pelo próprio potencial de criar beleza, cuja atenção fora chamada apenas por um privilegiado forasteiro. Acontece que a beleza estava tão escondida deles e neles mesmos, que foi preciso mais de uma tentativa de olhar para poder encontrá-la. Mesmo ela estando bem ali, permeando ordinariamente suas vidas. Por todos os lados, todos os dias.

Distribuímos os croquis para que eles recebessem um fragmento dos sonhos daquele que é o grupo que mais continuamente convive com o espaço representado na praça, mas que não compartilhava do seu uso, principalmente, devido às condições em que ela sempre se apresentou. A participação foi incondicional e nos trouxe reflexões novas em folha.

Foi proposto que a praça se tornasse uma rua de lazer; que existisse um espaço próprio para rodas de capoeira; placa com nome dos participantes do projeto; cercado na praça. Entre outras observações muito particulares, novíssimas.

Introduzimos a ideia prática do desenvolvimento daquela ação e fizemos um reconhecimento da praça com os presentes. Muita expectativa e a sensação de uma grande realização germinando brotou em meio aos nossos impulsos ali.

Fica um abraço forte pra todos os participantes e aos realizadores Viviane, Katia, Welvis, Rafael, Malu, Alice e Simone.

Até a próxima. Até a praça.










domingo, 24 de agosto de 2014

[Projeto Praça] Atividade de reconhecimento e reconfiguração visual - A primeira mão na praça.

Domingo de Sol, dia 24 de Agosto de 2014 e o Coletivo Caixa Preta faz mais uma visita à praça do Galpão. Queríamos dar mais um passo no projeto de sua transformação, agora com uma visão espacial mais precisa, diferente do que foi feito na primeira etapa, quando levantamos ideias através de uma abordagem mais lúdica, que focava no estímulo da expressão das vontades dos participantes.

Aguardamos a presença dos jovens da EE Pedro Moreira por aproximadamente uma hora, mas ninguem veio. Durante o tempo de espera, foi possível utilizar, de fato,  a praça. Diferentemente das atividades anteriores de observação e registro fotográfico até nos encontramos numa situação de observação inquieta por parte daqueles que passavam.
Por um exercício de reconfiguração visual e intervenção em prol do uso do espaço, decidimos pela limpeza da praça. A ação gerou interação com alguns moradores que passavam pelo local, dando amostras de que a ocupação por si só ecoa nos arredores. Usar um espaço faz com que ele seja enxergado.

Em seguida, passamos a fazer intervenções no croqui, favorecidos por estarmos, finalmente, dentro do objeto de nossos sonhos. Enquanto desenhávamos, tivemos a sorte de compartilhar a praça com alguns jovens que pararam ali. Conversamos sobre o projeto e recebemos apoio pela iniciativa. E aqui levantamos uma impressão muito particular do Lapenna: a inclinação crítica e cobrança consciente aos responsáveis pelo poder público, bem como de instituições atuantes no bairro, por melhorias na qualidade dos espaços, além da visão de uma comunidade.

Quando questionado se ajudaria a mexer na praça e a cuidar dela posteriormente, um dos jovens disse: “Disciplina aqui a gente tem!”.

Não é novidade que estamos buscando esse espírito para trabalharmos em parceria durante a confecção do sonho, mas é gratificante ver como ele aparentemente permanecerá bem tratado depois de pronto. Nem que seja pra ser transformado de novo pelas mãos daqueles que atuam já por corpo e alma naquelas ruas.






quarta-feira, 20 de agosto de 2014

[Projeto Praça] Nasce mais um filho dos nossos esforços

Com muito orgulho e aplicação, anunciamos o início das atividades do nosso novo projeto, em parceria com a Fundação TideSetubal e o Galpão de Cultura e Cidadania do Jardim Lapenna.

O Projeto Praça Jardim Lapenna tem uma página no facebook, e está na fase de construção do sonho coletivo para a ressignificação da praça do Galpão. Praça do Galpão? É. Ela não tem nome mesmo. Quem vai ajudar a batizar são vocês.

Nos dias 18 e 19 de Agosto, O Coletivo visitou a Escola Estadual Professor Pedro de Moreira Matos  e visitou as salas de aula do ensino médio noturno.

Depois de muito barulho, arrastar de cadeiras e um único tombo do professor Caue, recebemos a contribuição do imaginário da rapaziada através de intervenções no nosso croqui. Inclusive, ele está disponível aqui, caso você queira interagir com ele também.

Que registre-se nosso agradecimento à diretoria, inspetores, os professores - que nos receberam muito bem, mesmo que a gente tenha cerrado o café da sala deles seguidas vezes – e que cederam seu tempo para nossas invenções, aos alunos que se entregaram às nossas dinâmicas e a todos os funcionários da escola que facilitaram nosso acesso.

Nunca é demais reconhecer a boa vontade e disposição desses que trabalham tão árdua e progressivamente sob essa designação, que alguns de nós também escolhemos, que é acreditar na educação. Vocês não permitem que a gente se esqueça da importância dos serviços públicos para o atendimento das demandas dos jovens e possibilitam diariamente as trocas entre vontade de ensinar e a de aprender.

Vejam as fotos. Foi uma bagunça e tanto.










domingo, 17 de agosto de 2014

Oficinas de estêncil - Quando deixamos nossa marca onde vivemos

Nos últimos encontros da oficina de estêncil realizados no Galpão de Cultura e Cidadania no Jardim Lapenna, tivemos resultados bem legais.

Propomos um exercício de reflexão e elaboração de ideias que poderiam ser aplicadas através do Stencil e tivemos a felicidade de acompanhar o amadurecimento delas até a prática. Nos inspiramos com música, conversas e com recortes de áudio retirados das entrevistas com os moradores do bairro.

Todo mundo meteu a mão na massa, dá uma olhada nas fotos.

Lembrando que as oficinas ocorrem quinzenalmente, sempre aos Sábados, às 13:30h.

Quer saber mais?

Aparece lá no Galpão ou entre em contato!

Galpão de Cultura e Cidadania do Jardim Lapenna: Rua Juruoca, 112.

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domingo, 6 de julho de 2014

Oficina de estêncil: uma prática para experimentar






O estêncil (do inglês stencil), é uma técnica utilizada para aplicação de desenhos, símbolos, textos ou qualquer outra forma de imagem figurativa ou abstrata. Por meio de um molde vazado podemos transpassar tinta para qualquer superfície, sua característica é a reprodução em série, o que a diferencia de uma pichação ou grafite.    

O estêncil possui um caráter urbano situado à margem das instituições públicas. Diante desta perspectiva, o Coletivo Caixa Preta adotou como ponto de partida o uso desta linguagem para encontros de experimentação e reflexão. 

No dia 05/07 o grupo se reuniu no Galpão de Cultura e Cidadania localizado no Jd. Lapenna para fomentar discussões sobre arte urbana e exercitar a técnica de estêncil. Para disparar os questionamentos foi proposto contextualizar o tema definido  com o intuito de promover debates. Carlos citou o já conhecido argumento : "as pessoas veem pichação como um ato de vandalismo, eu não acho que seja isso" , consideramos este levantamento como tema central do que o coletivo acredita ser construção de identidade, em cada encontro abordaremos diferentes perspectivas acerca dos limites da legalidade das diversas expressões da arte no contexto urbano.  





sexta-feira, 20 de junho de 2014

O Jardim Lapenna Em Foco agora tem rosto

No encontro de 10 de Junho ocorrido da sede do Coletivo Caixa Preta, foi dado um passo determinante para o desenvolvimento do projeto.

Depois de um trabalhoso processo de análise de referências, propostas, oficinas, testes e discussões, o formato que foi finalmente escolhido pelo grupo transcorre por caminhos da fotografia e de experimentos audiovisuais.

Serão recolhidos retratos em vídeo dos entrevistados e disparadas falas selecionadas que retratem de maneira fiel e poética cada personagem com suas particularidades e grandezas características.

Assim, o áudio que, essencialmente, é a memória oral do participante, ganha destaque e colore o rosto com impressões subjetivas, ao passo que permite ao expectador um contato profundo através do olhar. Como se o rosto,a voz e a história fossem o mais próximo experimento daquela individualidade.

Com base nessas buscas, anunciamos com alegria que iniciamos as gravações do projeto. O rosto do Carlos resume bem o sentimento.


domingo, 8 de junho de 2014

Estrutura atribuída às entrevistas

Acerca da estrutura atribuída às entrevistas, (bate-papo com Anderson Souza) chamou atenção do grupo o conceito do monomito, ou "A Jornada do Herói", de autoria de Joseph Campbell, que encontra incontáveis exemplos desde a mitologia antiga até o roteiro de cinema atual.

Nele, a jornada é dividida em três partes:

  • a partida para a jornada;
  • a penetração na aventura
  • o retorno.



Leia mais a respeito aqui.


Sabe-se que a ideia contemporânea de um herói passa quase sempre por uma figura do status quo, a exemplo de um homem, geralmente branco e pelo menos de classe média; ou um membro do clero, um "salvador" em sua fé, através do qual ficam implícitas transferências ideológicas e de dominação.

Por isso, a ideia de integrar nesse formato os entrevistados, moradores do Jd.Lapenna, atraiu bastante. Ficou compreendida uma inclusão às avessas desses membros de outro, digamos, recorte da pirâmide social.

Ao mesmo tempo, a ideia não será romantizar excessivamente sobre a trajetória dos participantes, mas utilizar dessa estrutura como um meio para fortalecer a identificação e o desenvolvimento de suas narrativas.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Roda de conversa : História Falada - Fany Withmann

Na ultima segunda feira, 19 de maio de 2014, tivemos um encontro muito bacana com Fany Withmann.
O projeto  desenvolve-se no bairro do Jardim Lapenna em São Miguel Paulista, e a maior fonte de informação e inspiração, são as histórias dos moradores.
Gostaríamos de desenvolver uma tradição de oralidade entre o pessoal do bairro, no intuito de que  a história do local e seus personagens não se perca, e ao mesmo tempo seja contada por aqueles que vivenciaram a experiência.
Para isso, convidamos Fany para trocar algumas de suas experiências com a gente, já que, que como pedagoga, utilizou a história falada como metodologia de pesquisa para o desenvolvimento de sua tese.
Fany comentou que o interessante da história oral, dentre outras coisas, é o fato que podemos conhecer a história de um mesmo fato por diversas perspectivas, afinal, uma história contada por quem vivenciou o fato é muito diferente de uma contada por quem soube como foi.
Outro aspecto interessante das histórias orais é que ela permite uma revisita a memória de quem conta, possibilitando identificar-se novamente como atuante, há uma revivência dos casos, ela volta ao passado, revive conversas, cheiros, sabores, imagens, emoções que vezes os lembram de como fizeram parte de algo, traz uma sensação de pertencimento, de lembrança da sua biografia.
O Coletivo potencializa essa questão,  já que é a busca pelo pertencimento a este local que se mora, a procura de vê-lo como lugar que se vive, que se refere, que se transforma.
Fany ainda nos trouxe dicas, fundamentações teóricas, e ideias de como conduzir uma conversa com o intuito de captação desta história, desta pessoa que se abre para nos contar parte de sua vida. E ainda fortaleceu o quanto este material seria grande fonte de pesquisa para outros que podem, no futuro, procurar por informações sobre esta trajetória do bairro.
Estas são apenas algumas pinceladas sobre a conversa que fica agora na memória, para acessarmos a cada passo do projeto, buscando formas de utilizar as dicas para fazer o melhor possível nesta nossa empreitada.

domingo, 18 de maio de 2014

Encontros de capacitação

Para dar efetivamente início as nossas atividades, começaremos com encontros de capacitação, nos quais faremos rodas de conversas para trocas sobre assuntos que muito tem a ver com o Projeto Jardim Lapenna em Foco: o bairro na voz dos moradores.
Dando início nesta semana trataremos a contação de história por meio da Oralidade, no dia 19/05/2014 as 19h30, com a participação de Fany Wirthmann, pesquisadora do tema, que participará com a gente de uma roda de conversa.
Seguiremos ainda com uma oficina de utilização de ferramentas gratuitas on line, no dia 21/05/2014 as 19h30, com a participação de Cauê Martins, que abordará a utilização práticas destas ferramentas para as atividades diárias do Coletivo e sua organização geral.
Ainda contaremos com uma roda de conversa sobre roteiro de não ficção, no dia 24/05/2014 as 14h, com a participação de Anderson Alves de Sousa, que nos trará elucidações sobre roteiros poéticos e de documentários.
Finalizaremos o encontro com roda de conversa e trocas de experiências sobre a utilização de câmeras fotográficas na captação de vídeos, com Gideoni Jr. Este ultimo encontro ainda estamos fechando a data e horário.
Os encontros são para a capacitação da equipe de trabalho, como o local onde ocorrerá os encontros é pequeno, temos espaço para mais 8 pessoas participarem do encontro. 
Logo quem tiver o interesse de participar, que tenha uma relação direta com o bairro Jardim Lapenna, e, ou ainda tenha o interesse de trocar experiências, por favor, enviem um email para o coletivocaixapreta@gmail.com para fazer a inscrição.
 

terça-feira, 6 de maio de 2014

Nossa oralidade

Neste ano vamos trabalhar sobre a oralidade.
Sempre que caminhávamos pelo bairro no ano passado (2013), os moradores com os quais nos deparávamos, nos contavam histórias realmente incríveis sobre a construção do bairro, sobre seus personagens, e muitas outras coisas. Pensamos no quanto se perde atualmente sobre estas histórias, já que na correria do dia a dia, não dedicamos muito tempo para ouvir aquilo que as pessoas tem pra compartilhar.
Com isso este ano decidimos ouvir estas histórias e procurar por uma forma de contar aos outros moradores aquilo que vamos ouvir. Com isso surgiu o Projeto Jardim Lapenna em Foco: O Bairro na voz dos Moradores.
Aos poucos fomos procurando formas de realizar o projeto e, na nossa ultima reunião, Fizemos uma contação de histórias de nossas vidas entre os participantes do Coletivo.

Foi bem interessante sabermos mais sobre nossos companheiros que por mais que passemos muito tempo juntos, há ainda tanto a saber.
Muito aprendemos neste encontro, vamos citar algumas delas:
  • Percebemos que a nossa história tem bases sólidas em nosso passado, com isso muito que trazemos a tona, tem relação com nossos pais e parentes, com nossos antepassados.
  • Notamos também que nossa cabeça funciona como uma grande teia, normalmente a história não é linear, por mais que se siga uma linha de raciocínio, a nossa memória nos leva a outros pontos que criamos links mentais.
  • A história que contamos é apenas uma parcela de tudo o que temos pra contar. Normalmente fazemos um recorte, e deixamos de fora aquilo que não se encaixa, mas que também tem muita importância.
Enfim, muito ainda temos que aprender sobre história oral, o que dizer, o que captar, o que contar.
Mas esta foi uma grande experiência para sentir onde estamos pisando.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Jardim Lapenna em Foco: O bairro na voz dos moradores.

Estivemos nos reunindo desde o início do ano colocando tudo em ordem para a atuação deste ano. Dentre muitas coisas, planejamos novas exposições do projeto do ano passado, as quais ainda estamos em negociação, estamos organizando um grupo de estudo com temas sociais, políticos, educativos e culturais, que ainda estamos colocando na linha. Mas principalmente organizamos um novo projeto para a captação do recurso provido pelo VAI - Valorização de Iniciativas Culturais.

O projeto Jardim Lapenna em Foco: O bairro na voz dos moradores foi aprovado, e começamos a nos dedicar a deixar tudo bem redondo para a nossa atuação.

Este é o projeto deste ano.

Projeto Jardim Lapenna em Foco: O Bairro na Voz dos moradores

Resumo do Projeto

O Projeto “Jardim Lapenna em foco: O bairro na voz dos moradores”, propõe ações baseadas na utilização de multi-linguagens e seus hibridismos, que resultarão em intervenções urbanas, atendendo à nossa proposta de ativação cultural do espaço público.
No ano anterior, o contato com os moradores foi constante, destes, muitos relataram e contaram histórias sobre suas vidas ou como colaboraram para o crescimento e desenvolvimento do bairro, o que motivou este projeto.
Conhecer e divulgar estas histórias aos outros moradores, foram a força motriz, pois a nova geração local, muitas vezes, apenas utiliza o espaço como dormitório, desconhecendo a origem do lugar onde vivem.Desta forma o projeto será dividido em 4 fases de atuação:
  1. Captação destas histórias por meio de entrevistas em vídeo com os moradores do bairro. Para isso envolveremos os participantes das oficinas do ano anterior na equipe de produção, estes receberão um período de formação para auxiliar nesta captura.
  2. Ação de oficinas/ateliê que abordarão 3 linguagens específicas: textual, fotográfica e stencil. As oficinas partirão das histórias capturadas na etapa anterior,com criação e desenvolvimento de trabalhos resultando em produtos para intervenções urbanas (aplicação de stencil e lambe-lambe).
  3. Intervenção Urbana composta de ações diferenciadas, promovendo o aquecimento cultural do bairro. Serão estas:
    • Fixação das imagens e textos produzidos em oficina nas ruas do bairro por meio de lambe ou stencil.
    •     Performer, a contar como “causos” as histórias coletadas, na rua durante o dia-a-dia do bairro, em eventos como a feira livre que acontece semanalmente;
    •     Carro de som que andará pelas ruas do bairro contando estas histórias;
    • Projeção de pequenas capsulas de vídeo nos muros do bairro no período da noite,contando as histórias dos moradores.
    • Além da exibição de filmes com a temática urbana para discussões com o público não atuante do projeto.
       
  4. Mostra a ser realizada no Galpão de Arte e Cidadania do Jardim Lapenna. Composta por:
    • Exibição dos vídeos coletados.
    • Exposição do material produzido nas oficinas e fotografias de todo o processo.
    • Ação educativa: Propostas de ações de integração ao público visitante, realizadas por um mediador cultural.
     

Justificativa

Embora pertença ao distrito de São Miguel Paulista, fisicamente o Jd. Lapenna está separado do distrito. O bairro encontra-se cercado por limites como os muros da CPTM, as dependências da Indústria Nitroquímica e as estradas de Jacú-Pessego e Ayrton Senna. Essa geografia, que dificulta o acesso a atendimento público, causou um efeito social que mobilizou a união dos moradores em busca da melhoria do local, e a conquista de alguns destes direitos sociais partiu, principalmente, da ação comunitária, e foi possível se apropriar disso com maior intensidade ao contato com os moradores em 2013. Nestes encontros casuais, os moradores contaram sua própria história e versão dos fatos sobre como tudo aconteceu, desde as invasões dos terrenos até a organização de um movimentos de mutirão de construção de casas, seguido por conquista de muitas melhorias como posto de saúde, creche e espaço cultural, que foram adquiridas por meio desta união social.
Mas com o processo dinâmico do crescimento urbano, novos moradores se estabeleceram nos últimos anos, e surgiram novas gerações, que ocasionou mudanças daquelas que, aos poucos, fazem as histórias se perderem. A rotina conturbada das grandes cidades pode ocasionar o aparecimento de muros invisíveis que bloqueiam a percepção das ocorrências na região, como novas ocupações que vem acontecendo sem que os moradores mais desatentos notem.
Ao compreender a força dos novos acontecimentos em detrimento da memória do bairro, o Coletivo produzirá um material que não se restrinja apenas a construção de documentos históricos, mas também em construções poéticas e afetivas. Pretende retomar e registrar os processos de tradição oral, sempre presentes na construção da história humana.  Se apoiará em meios contemporâneos de divulgação e ocupação do espaço urbano, para compartilhar pensamentos, sentimentos e ações ocorridas durante a fundação e construção do bairro, um (re)encontro com estas memórias que, intensificam a reflexão sobre a identidade local e de seus moradores.
Quando contam histórias a partir das lembranças que permeiam a alma, este pedaço de terra quase esquecido na periferia da zona leste de São Paulo ganha vida.

Objetivos

Criar, a partir da história oral, a disseminação da memória local em busca de uma tradição oral;
Propor aos participantes, por meio das atividades, um olhar reflexivo a cerca do espaço em que vivem e de si mesmos, além do aprendizado e apropriação de linguagens artísticas;

segunda-feira, 31 de março de 2014

Estamos muito felizes com a aprovação no VAI 2014, do projeto "Jardim Lapenna em foco: O bairro na voz dos moradores". Neste ano iremos em busca da história do bairro, por meio da memória dos moradores que ajudaram construí-lo. Desta vez com o foco ainda maior nas intervenções urbanas, iremos levar estas histórias para rua por meio de diversas linguagens. Em breve maiores informações quanto a programação de oficinas e intervenções.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Cine Lapenna - Filme:Nascidos em bordéis

Após um período de férias o Coletivo Caixa Preta volta com toda vontade.
Estamos organizando as possibilidades de projetos para esse ano, e empenhados em melhorar a qualidade da nossa ação. Mas, enquanto isso vamos tentar manter alguns eventos menores para não ficarmos enferrujados.

Durante as oficinas do ano passado, utilizamos como referência, durante as conversas, alguns textos, livros e filmes, e agora vamos tentar promover encontros para compartilhar essas fontes.
Com isso marcamos para o dia 25/01 as 14hs a exibição do filme "Nascidos em bordéis", segue sinopse:

"Este documentário ganhador do Oscar, mostra a vida das crianças do bairro da Luz Vermelha, em Calcutá. O aparente enriquecimento da índia deixa de lado os menos favorecidos. Nesse contexto, os menos privilegiados são as crianças filhas de prostitutas do bairro mais pobre da cidade. Porém, ainda há esperanças. Os documentaristas Zana Briski e Ross Kauffman procuram essas crianças e munidos de câmeras fotográficas pedem para eles fazerem retratos de tudo que lhes chama a atenção. Os resultados são emocionantes. E enquanto as crianças vão descobrindo essa nova forma de se expressar, os cineastas lutam para poder dar mais esperança e uma vida melhor a essas crianças, para as quais a pobreza é a maior ameaça a realização dos sonhos."

Como de costume o encontro ocorrerá na Associação Amigos de Bairro do JD. Lapenna, e esperamos receber todos aqueles que se interessarem em apreciar um bom filme e uma ótimo companhia.


segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Finalização do Projeto Jardim Lapenna em Foco: O Bairro na Visão dos moradores.

Na ultima quarta-feira, dia 07/01, o Coletivo Caixa Preta se reuniu para um balanço de suas atividades em 2013.
Avaliamos como foi Projeto Jardim Lapenna em Foco, revimos o que planejamos, como atuamos e os resultados destes encontros.
Inicialmente tínhamos muitas expectativas, como, acreditamos, seja ansiedade de muitos que iniciam um projeto pela primeira vez. Muitos objetivos, muitas discussões acaloradas, muitos apegos, muitos e muitos outros desejos e anseios, que no caminhar compreendemos que era apenas o primeiro projeto dos muitos que gostaríamos de realizar. Que menos às vezes é mais, e que o exercício do desapego é um forte aliado ao foco e a objetivos realizados com mais força, fora ainda os desgastes que evitamos quando eliminamos gorduras desnecessárias dentro dos pensamentos e ações do dia-a-dia.
Ainda ,como bons iniciantes, percebemos no processo algumas falhas de planejamento devido a pouca experiência de lidar com inúmeras situações, e ao mesmo tempo descobrimos uma capacidade imensa de resolver problemas e encontrar parceiros nos lugares menos prováveis.
Neste encontro pudemos ainda rever nossas atuações e verificar onde poderíamos melhorar, e onde não deveríamos mexer.
Rever todos estes pontos nos levou a ter uma visão melhor de como foi o projeto e como o resultado atendeu aos objetivos do grupo. Percebemos um verdadeiro aquecimento do bairro, culturalmente falando, por meio das atitudes dos moradores e visitantes da exposição, colando com fita adesiva lambes que descolavam para que estes não se perdessem, outros nos emprestando seus muros com muito carinho para que os trabalhos fossem fixados, alguns levando fotografias do mural e colocando em suas geladeiras, ou pegando imagens dos vizinhos para levar a estes de presente, e muitas crianças que falavam umas para as outras não depreciarem a exposição, pois outros a veriam. Perceber esta interação, carinho e atenção para com o produto do projeto foram muito gratificantes e estimulantes.
Logo no balanço geral podemos concluir que ainda há muito que fazer, pois este é um trabalho de formiguinha, num passo de cada vez. Mas que os parceiros, os participantes, moradores, e companheiros de trabalho são de grande estimulo para projetos futuros.


Obrigado a todos que nos acompanharam mesmo que por um breve momento. E que 2014 seja um ano repleto de discussões, ações, parcerias, práticas e realizações como as que o Projeto Jardim Lapenna nos propiciou.