quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Domingo 23/11 - Rádio, feira e conversas

O Coletivo tinha uma atividade marcada com o pessoal do Núcleo de Comunicação Comunitária São Miguel No Ar, mas infelizmente não rolou.
Apesar do esforço e boa vontade dos meninos e meninas que nos receberam muito bem, tínhamos um teto de horário e não pudemos mesmo ficar mais.
Fica um abraço pro pessoal e a vontade de armarmos algo em breve.
Fomos presenteados com a mais nova edição do Jornal, A Voz do Lapenna, que nos deu um honroso espaço pra falarmos sobre o Projeto Jardim Lapenna em Foco e divulgar a exposição que começa no Sábado. Mas disso você já sabe, né?
Ficamos agradecidos por recebermos essa contribuição direta de um veículo que incorpora com compromisso e muita qualidade um pouco dos anseios e das lutas daquela quebrada. Conheça um pouco mais do trabalho deles aqui.
Aproveitando enquanto a rádio era montada e dava a pesada trilha sonora daquele Domingo de feira, aproveitamos pra trocar uma idéia com quem passava por ali e convidarmos para a exposição.
Salve Nivia, Tiago, Abel, Carlos, Daniela, Jorge, Só Por Deus, Didão, Poliana e Alemão, nossos parceiros de entrevista e de conversa.
Salve rádio e núcleo de comunicação!
Salve Lapenna, suas histórias e o compartilhamento de vivências!
Nos vemos e ouvimos no próximo sábado!

Festival do Livro e Literatura de São Miguel 2014

Ações
Roda de conversa e Deriva - Estêncil: Reflexões sobre a cidade
O Coletivo Caixa Preta, no sábado (08/11), participou de uma roda de conversa sobre seus trabalhos, intervenção e arte urbana. A proposta foi questionar e tentar entender o que motiva, qual a finalidade e a validade deste tipo de intervenção, buscando construir uma crítica a respeito do empoderamento do sujeito sobre o espaço urbano e caminhos  de se expressar sobre a cidade.
Para contextualizar a discussão tivemos a presença de Ozi Duarte, um dos pioneiros em arte de rua no Brasil em ação de desde 1985, que compartilhou seu trabalho e conduziu-nos a experimentar brevemente a construção de suas telas urbanas ao vivo. Além disso, uma deriva foi feita por São Miguel Paulista para aplicar estêncils trazidos pelo público da roda de conversa e produzidos pelos participantes da oficina “O bairro na boca do povo”, realizado no Galpão de Cultura e Cidadania e na E.E. Pedro Moreira Matos, onde trabalhamos a linguagem por meio de oficinas de junho a setembro deste ano.

Cápsulas Urbanas - Memória em Movimento - Lambes

Baseado no trabalho de coleta de memórias de moradores do Jd. Lapenna, o Coletivo Caixa Preta propôs uma exposição capaz de compartilhar trechos dos pensamentos dos participantes com os frequentadores de São Miguel Paulista  e os visitantes do Festival de Literatura. Utilizando como suporte os muros do bairro, o Coletivo busca compartilhar  pequenas reflexões que possam aguçar a memória de quem observá-las. As obras, expostas em formato de lambes, são como partes de um vídeo, compostas por três frames e interligadas por uma frase que perpassa cada um deles.

Livreto

Durante o primeiro semestre de 2014 o Coletivo realizou entrevistas com moradores do Jd. Lapenna, com o objetivo de coletar memórias pessoais e do bairro onde vivem. Como forma de socializar estas memórias, um livreto foi produzido contendo trechos transcritos desses relatos. Com o objetivo de estimular a memória dos leitores, os textos foram escolhidos de forma afetiva, poética, uma mostra de  momentos adormecidos nas mentes, quase como em uma conversa entre amigos sobre o passado. Confira aqui as fotos.
E conheça mais do trabalho do Ozi: http://www.ozistencil.com/ https://www.flickr.com/photos/graffitivivo https://www.facebook.com/pages/OZI/271820336180272?ref=ts&fref=ts

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Projeções - A identificação histórica e o diálogo do cotidiano

Em 07 de Novembro, alguns dos moradores do Lapenna se viram obrigados a interagir com coisa inusitada enquanto desciam da estação de trem e iam no sentido de dentro do bairro. Como a corrente sanguínea faz com o oxigênio pro coração: o movimento é de agrupamento e re-significação. Bater o cartão, tomar aquele banho e ir pro rolê. Chegar no nosso lugar e encontrar os de sempre, sempre amados, sempre ali.
Eles viam um rosto conhecido, ou desconhecido, ou bom amigo ou menos, um senhor de idade, motoqueiro, um camisa 10, o professor de futebol da molecada, a escritora, a senhora mais amada do mundo, a assistente social. Rostos presentes, mas não daquele jeito. Eles eram baseados em luz e falavam, mas as bocas não mexiam. Ou falavam em letras com o rosto do lado.
Alguns dos protagonistas também viram. Eles eram um pequeno recorte de história falada. Uma história de verdade, onde a câmera é uma intrusa pontual. Uma mexeriqueira controlável que não veio para fazer história, mas contar o pouco que cabia dentro dela; e ficava maior no muro, mas era sem medida pra quem viveu e conta aquilo. História é vida. A história da gente é a vida da gente.