segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Projeções - A identificação histórica e o diálogo do cotidiano

Em 07 de Novembro, alguns dos moradores do Lapenna se viram obrigados a interagir com coisa inusitada enquanto desciam da estação de trem e iam no sentido de dentro do bairro. Como a corrente sanguínea faz com o oxigênio pro coração: o movimento é de agrupamento e re-significação. Bater o cartão, tomar aquele banho e ir pro rolê. Chegar no nosso lugar e encontrar os de sempre, sempre amados, sempre ali.
Eles viam um rosto conhecido, ou desconhecido, ou bom amigo ou menos, um senhor de idade, motoqueiro, um camisa 10, o professor de futebol da molecada, a escritora, a senhora mais amada do mundo, a assistente social. Rostos presentes, mas não daquele jeito. Eles eram baseados em luz e falavam, mas as bocas não mexiam. Ou falavam em letras com o rosto do lado.
Alguns dos protagonistas também viram. Eles eram um pequeno recorte de história falada. Uma história de verdade, onde a câmera é uma intrusa pontual. Uma mexeriqueira controlável que não veio para fazer história, mas contar o pouco que cabia dentro dela; e ficava maior no muro, mas era sem medida pra quem viveu e conta aquilo. História é vida. A história da gente é a vida da gente.




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