domingo, 24 de agosto de 2014

[Projeto Praça] Atividade de reconhecimento e reconfiguração visual - A primeira mão na praça.

Domingo de Sol, dia 24 de Agosto de 2014 e o Coletivo Caixa Preta faz mais uma visita à praça do Galpão. Queríamos dar mais um passo no projeto de sua transformação, agora com uma visão espacial mais precisa, diferente do que foi feito na primeira etapa, quando levantamos ideias através de uma abordagem mais lúdica, que focava no estímulo da expressão das vontades dos participantes.

Aguardamos a presença dos jovens da EE Pedro Moreira por aproximadamente uma hora, mas ninguem veio. Durante o tempo de espera, foi possível utilizar, de fato,  a praça. Diferentemente das atividades anteriores de observação e registro fotográfico até nos encontramos numa situação de observação inquieta por parte daqueles que passavam.
Por um exercício de reconfiguração visual e intervenção em prol do uso do espaço, decidimos pela limpeza da praça. A ação gerou interação com alguns moradores que passavam pelo local, dando amostras de que a ocupação por si só ecoa nos arredores. Usar um espaço faz com que ele seja enxergado.

Em seguida, passamos a fazer intervenções no croqui, favorecidos por estarmos, finalmente, dentro do objeto de nossos sonhos. Enquanto desenhávamos, tivemos a sorte de compartilhar a praça com alguns jovens que pararam ali. Conversamos sobre o projeto e recebemos apoio pela iniciativa. E aqui levantamos uma impressão muito particular do Lapenna: a inclinação crítica e cobrança consciente aos responsáveis pelo poder público, bem como de instituições atuantes no bairro, por melhorias na qualidade dos espaços, além da visão de uma comunidade.

Quando questionado se ajudaria a mexer na praça e a cuidar dela posteriormente, um dos jovens disse: “Disciplina aqui a gente tem!”.

Não é novidade que estamos buscando esse espírito para trabalharmos em parceria durante a confecção do sonho, mas é gratificante ver como ele aparentemente permanecerá bem tratado depois de pronto. Nem que seja pra ser transformado de novo pelas mãos daqueles que atuam já por corpo e alma naquelas ruas.






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